O que é TV 3.0?
   18 de agosto de 2022   │     8:43  │  0

A história da TV aberta no Brasil

A TV analógica (que convencionalmente chamamos de “TV1.0”), que surgiu no Brasil em 1950, era preto e branco com som monofônico.

Em seguida, algumas melhorias compatíveis com versões anteriores (que convencionalmente chamamos de “TV1.5”), como cor (nos anos 1970), som estéreo e legenda oculta (nos anos 1980), foram adicionadas a ele.

A partir de 2007, foi introduzida no Brasil a primeira geração de Televisão Digital Terrestre (que convencionalmente chamamos de “TV2.0”), trazendo vídeo de alta definição, som surround, recepção móvel e interatividade.

Desde então, o cenário tecnológico mudou muito. Com base nesse cenário tecnológico, o Fórum SBTVD reconheceu a necessidade de evoluir o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre). Também reconheceu que alterar a camada física, a camada de transporte e/ou a codificação audiovisual não seria compatível com versões anteriores. No entanto, a transição para uma nova geração de Televisão Digital Terrestre é um processo longo, baseado nos investimentos necessários para emissoras e consumidores e na expectativa de vida útil dos transmissores e receptores de TV. Foi, portanto, considerado necessário aumentar a vida útil do sistema de Televisão Digital Terrestre existente, tanto quanto possível, através de uma evolução compatível com versões anteriores (um projeto que chamamos de “TV2.5”) e iniciar o desenvolvimento da próxima geração de TV Digital Terrestre. Sistema de televisão (o projeto que chamamos de “TV3.0”).

O projeto “TV2.5” compreendeu duas vertentes: integração broadcast-banda larga e qualidade audiovisual. O primeiro aspecto envolveu o desenvolvimento de um novo perfil de receptor para o middleware Ginga (perfil de receptor D, também conhecido como “DTV Play”), abordando casos de uso como vídeo sob demanda, dispositivo complementar sincronizado, aprimoramento audiovisual pela Internet e conteúdo direcionado . O segundo aspecto foi abordado através da introdução de três novos codecs de áudio imersivos opcionais (MPEG-H Audio, E-AC-3 JOC e AC-4), mantendo o áudio principal MPEG-4 AAC para compatibilidade com versões anteriores, e através da introdução de dois novos formatos de vídeo HDR opcionais (metadados dinâmicos SL-HDR1 e sinalização HLG de “características de transferência preferenciais”), mantendo MPEG-4 AVC (H.264) / 8 bits / BT.709 / 1080i para compatibilidade com versões anteriores.

Quais o ganhos com a TV 3.0?

Em resumo: essa nova parte da televisão digital no país vai oferecer uma qualidade de imagem e som melhor do que o usuário está recebendo. Segundo o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre), o sinal deverá entregar:

  • Resolução de 4K/8K;
  • HDR;
  • Áudio imersivo (também conhecido como áudio 3D);
  • Suporte a transmissão via streaming de banda larga.

Na prática, isso vai fazer com que canais abertos ofereçam um nível de imagem e som em patamares muito próximos à serviços de streaming como HBO Max e Netflix, por exemplo.

Dessa forma, a TV 3.0 transformará o sinal digital em algo ainda mais completo, cobrindo os avanços da tecnologia no quesito. Por outro lado, segundo Luiz Fausto, coordenador do Módulo Técnico do Fórum SBTVD, essa mudança pode fazer com que pessoas precisem trocar de televisores.

Fonte: Fórum SBTDV

About kleinermota

Bacharel em Sistemas de Informação, Pós Graduado em Gestão de Projetos, DBA SQL Server, Gestor de TI da Organização Arnon de Mello e Diretor de Tecnologia da TV Mar.

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